# 15.

Menina do Mar.

« Entre as marés e o olhar discreto das ondas, vaguei-o o meu pensamento, enquadrado

em tal pequena alma e límpida, sem uma mera confusão persistente, sem um simples desgosto,

demonstrado, quando a pequena maré vem leva tudo o que de negativo eu tenho, e trás tudo 

de bom que eu sinto em mim, quando tudo parece mais negro e obscuro, sento-me a beira dela,

olho em determinado horizonte e reflicto de uma maneira nunca antes reparada.

Sinto a brisa refrescante a bater na cara, sinto o sal do mar, parece um relaxante de vida.

Já não ligava a banais coisas, como o som das gaivotas, já não senti a maré acariciar-me os pés,

já não sentia a liberdade que é transferida na coisa mais bela do mundo, o mar.

Quando sinto-me calma  e relaxada, fecho os olhos e penso, o quanto ao pé dela fui

feliz, e desejada, acariciada e bem tratada, foi o mar que me viu crescer, foi ele que me

deu a mão em momentos de loucura, era nele que pensava mesmo longe dele estivera,

foi ali que tudo aconteceu, foi ali que cheguei, foi ali que fui com 2 semanas, foi ele

que me mostrou ao mundo, menina pequena de coração doce, menina de cabelos louros, 

de caracóis de eleição, menina de olhos cor de mar, menina de água, menina de realce 

menina do mar, menina de paixão inclinada sobre as marés exercidas diante da vista de marinheiro.

Marinheiro esse das aguas mais salgadas, de todo o mundo.

Mundo esse pintado a lápis de cor azul e branco, azul o mar, branco as ondas ingeridas sobre ele, 

marinheiro de mundo surreal. Quando eu fecho os olhos, minha ilusão demonstra um historia reflectida na mente digamos assim : 

'Uma menina feita no mar, com um coração de marinheira, com força e coragem para batalhar sem olhar para trás para não ver nenhuma dessas ondas arrebentar sobre sua vida, nunca antes pedida, mas sim acontecida, menina de aguas doces, menina de protecção e de eleição, menina de caracóis ao vento nunca antes desprezada e acarinhada pelo o seu orgulho determinado e misterioso marinheiro das aguas salgadas, um dia ele regressou ao sítio onde a menina o tinha visto e deparou com a maior beldade de todas os marés a derramar-se em lagrimas, pensado que pela primeira vez tinha crescido, e já tinha entre si 17 anos, sempre fora as meninas dos caracóis louros, notando eles a esvoaçar diante a maré percebendo que nem sempre a maré  trás a felicidade, mas também trás o perigo de perder alguém no mar. Mas ele em poucas palavras disse-lhe  ' esse alguém estará sempre a olhar por ti' e ela com as lagrimas a derramarem olhou para o determinado marinheiro abraçando-o e disse : ' meu pai parti-o, mas quando for a minha vez, queimei-me e mandei as minhas cinzas para o mar, para eu poder ir ter com ele e ser eu a comandar as marés com ele' (...)' »

silênciodosegredo