# 51.

“As tuas lágrimas, devoram o meu coração, não consigo ver-te a sofrer, não consigo ver a tristeza nesse rosto. Queria ir ter contigo, abraçar-te e dizer-te” que esta tudo bem eu estou aqui”,mas não posso, não me posso aproximar de ti, porque a tua razão de sofrimento sou eu, quero-me afastar-me mas não posso senão eu também sofro, o que me resta, e todas as manhas pôr-me a caminho da tua casa, e pôr-me sentada ao portão da tua casa, e olhar para a tua janela, sinto-me muito mais aconchegada , sinto que estas perto de mim. Mas muitas dessas manhas, tu tas a janela e sem querer eu vejo-te e depois as lágrimas caiem e quero voltar para trás, mas não consigo, o coração fala mais alto, o amor que sinto por ti, agarra-me com todas as forças, e só oiço uma voz de não sei, de onde a dizer “segue em frente, tu consegues”, eu sem ter noção vou, paro a mesmo em frente a janela dele e digo “desculpa, cada lágrima, cada sofrimento, cada desilusão, mas e so para saberes que eu também estou a sofrer”, sem ter noção começo a chorar, e a querer virar as costas e ele diz “eu so tenho a agradecer cada sorriso, cada mimo, cada atenção, cada carinho, cada zanga, cada birra, tenho agradecer-te pelo o amor, que me das, eu não te quero perder. Porque tu fizeste-me crescer, aos poucos e poucos. Ai viro-me e olho nos olhos deles, castanhos escuros, com aquele cabelo preto e digo “também não quero-te perder, já tivemos tantos anos, um sem o outro, a gostar-mos e não aproveitamos. E agora? Queremos acabar com isto?” ele com um olhar carinhoso diz “espera, um bocadinho” eu a querer-me ir embora, começo a andar devagar para a estrada para me ir embora, só oiço alguém aos gritos “espera, espera” eu parecia parva, e continuava e senti os passos de alguém e ai ele diz “por favor, pára, isto não nos vai levar a lado nenhum” eu ai sentei-me num banco, e pus as mãos no rosto e comecei a soluçar e a chorar, e ele agarra-me numa das mãos, e diz “ vamos parar com isto, estamos a sofrer os dois, e gostamos bastante um do outro, vamos dar mais uma oportunidade ao nosso amor, peço-te” eu agarro-me a ele “desculpa, vamos tentar” em cada relação a vários desentendimentos mas temos de os suportar."

[texto antigo, foi um dos primeiros do meu blog, mas como nessa altura ninguém o lia, pensei em apaga-lo e po-lo de novo, para por menos lerem o que eu escrevi!]