#125.

« Dia em que reparo que tu não estas, e que sinceramente não me faz diferença.
Reparo que, cada vez estas mais próximo de mim, mesmo não estando, parece
que andas a voar a deriva, mesmo estado no mesmo lugar.
Reparo em ti, e vejo que estas igual, ao antigamente, enquanto eu esforcei-me 

em nunca deixar-te cair, tu olhas-me e dizes-me que és um fruto 

da minha imaginação, ninguém e tão perfeito quanto tu.
Por isso não és real, eu olho-te, olhos nos olhos e digo, e nunca ninguém foi
tão hipócrita como tu, foges de o que sentes, e negas a ti mesmo o
que somos, e o que fomos um dia.
Não guardo recentimento, por tal decissão tomada, não negarei,
nem afirmaria, nem sequer ao meu céu, ao meu mundo.
Era capaz de me perder na razão, como ja aconteceu 1001 vezes,
mas ai ia-me culpar-me só a mim, e ninguem iria mudar o que eu sentia.
Mesmo que a minha força de vontade fosse outra.
Tu não sabes quem eu sou!»