#145.

« As vezes não vejo a falta que tu me fazes, sou sincera.

Faço de conta que tu, não és nada para mim, mas engana-te.

Foste tu que me sustentas-te mais a mãe, mas sei que tivemos momentos menos bons.

Mas eu não me esqueço quando tinhas  a paciência de me levares a andar de bicicleta e eu  andava 2 segundos e desistia, porque não me sentia capaz, lá íamos todos as manhas de domingo para ao pé da escola, mesmo quando eu caía tu corrias em meu auxilio, sei que tu podes não ser o exemplo a seguir, mas há coisas na qual não podemos apontar-te o dedo.

Mesmo que um dia eu não seja capaz de dizer-te o quanto amo-te, pensa quando precisas-te eu estive lá, nunca neguei-te uma mão.

Nunca disse que ia desistir de ti, mesmo que as lágrimas caiem-se pela minha cara a baixo, mesmo  nos momentos em que ninguém via, acredita que chorava, por pensar que era a pessoa que nunca sabia o que fazia, mas chego a conclusão que eu sei que  tens coisas maravilhosas em ti.

Quando os segundos pararem para os dois, relembra que podes ter perdido quem mais amavas quando eras novo, mas nunca esqueças que ganhas-te alguém que amas da mesma maneira, um sentimento acrescido pela qual nunca devias trocar.

Eu posso garantir que não sei qual é a dor de perder uma pessoa que amamos bastante, mas sei que isso remoí-te a anos, na qual tu falas, na qual tu relembras momentos passados com ele, eu quero acreditar que ele era um homem como tu, bondoso!

Mas mesmo que não sejam parecidos, eu agradeço quando la tiveste para mim, para nós, mas choro quando  mais precisei e me viras-te as costas, tu  de certeza que não lembras de momentos na qual te viraram as costas, e te magoaram de certeza, senão tu não fazias o mesmo.

Na qual eu já tive medo, de ter o mesmo sofrimento que tu, porque eu própria vi o meu pai, vezes sem conta morrer aos poucos, e tocou-me imenso, e tive de ser eu aguentar-me com o meu coração e por vezes com o teu, não queiras causar a dor que te causaram porque tu melhor que ninguém sabes o que é isso, não queiras que eu relembre da mesma forma que tu relembras o teu pai, não queiras.

Acredita em ti, em mim, num nós, porque as lágrimas causadas, nunca serão esquecidas, mas as alegrias guardadas nunca serão apagadas, quantas vezes me fizeste tornar naquilo que eu  não sou.

Não te acuso de tudo, porque nem sempre foste o causador, garanto-te nem sempre foste tu, mas eras tu na qual eu me via mais parecida, na esperança que tu me ias compreender, na qual percebia que não compreendias, tudo o que eu tinha imaginado foi derrubado.

Se me dizerem preferes um presente  ou alguém feliz? eu irei dizer queria que o meu  pai fosse feliz e que deixa-se de fazer as porcarias que fazia, porque ele ira por se matar aos poucos, e eu irei perde-lo, ao contrario do  que tu pensas eu  não quero que partas já, quantas vezes eu fizeste abrir os olhos?

Tantas, e tu permanecias bem dois dias no máximo e voltavas a cair, no mesmo erro.

Acorda para a vida, se te deram o direito a amar porque não amas o que esta a tua mão? porque deixas o sentimento diminuir? 

 A palavra diminuir, não quer dizer deixar de amar, mas sim amar alguém com magoa, ou tu pensas que daqui para a frente eu terei uma vida melhor? na qual eu própria acho que vi as mesmas coisas que tu, quando eras mais novo, pela parte da pessoa que mais amava.

Tu sabes o que passar na rua e dizerem, 'tu és parecida ao teu pai', eu  não me escondo por isso, ate sorrio e fico feliz, porque ao  contrario de muitas pessoas eu  não tenho vergonha, porque  todos erram, mesmo que tu tenhas errado vezes sem conta tu, continuas a ser o meu pai.

E eu não quero prendas caras, como tu pensas, não é isso que me faz feliz, mas sim fazes-me feliz a tua própria felicidade. 

Mesmo que a vida seja difícil vamos aguentar este barco juntos!

Não escrevi, isto para te derramares em lágrimas juro, escrevi isso, porque há coisas que ninguém consegue dizer, e isto e uma delas, a sério, acabou a muito tempo, a parte dos rebuçados para ver as crianças felizes.

Na qual dou-te uma coisa e fechas os olhos aos erros, não eu  não sou assim, eu guardo os erros para um dia mais tarde não seja eu a faze-los, porque eu amo-te mas não quero seguir os teus passos.

Farei de tudo para eu ser feliz, para tu seres feliz, para nós.

Mesmo que eu  não  aguente mais, quero acabar a missão, na qual eu te escrevi algo do que eu sinto.

Porque todos tem ideias erradas de mim e tu és um deles, mesmo que possa ter desiludido por vezes, olha que também não ficas atrás, magoas-te vezes sem conta.

Mas agora só quero que leias com maior atenção:

Não são lágrimas, que apagam a dor do coração.

Não são abraços, que agradecem a intenção.

É o amor que contribui para a situação, de não amar em vão.

E a felicidade que se faz sentir com o poder de uma mão.

É com a família que se faz o poder da união.

Com isto tudo quero desejar-te um bom natal, porque amo-te pai!

Um dia verás os erros que cometes-te e darás-me razão.

ps: Leva estas cartas nem que seja na carteira, para quando te der uma parte fraca leres e veres que não estas sozinho.